Desta vez perguntámos ao B. se queria ir ao futebol ou à praia.
De prontidão respondeu que à praia pois queria experimentar a Mota de Água que lhe oferecemos.
Acordámos cedinho (6h15) pois como o Pai queria pescar também, fomos para um local afastado de casa cerca de 100 km, mas não sei como acabámos por chegar à praia apenas às 10h.
A euforia e o desejo de ir para a água era tão grande que quase não me deu tempo para montar a "cabana", abrir o chápeu, besuntá-lo de creme e claro está preparar a Mota.
Imaginem um gaiato em pulgas de volta de mim, uma mota que de pequena tinha pouco e foi preciso enchê-lo a pulmões pois a bomba que levámos não foi a mais indicada, o sol a começar a aquecer e a paciência a ir com a maré.
Misturem tudo e...
"Espera só mais um pouco! Ainda não está! Isto custa filho! A mãe já está a ficar sem fôlego! Está quase! Tu não consegues!"
Passados alguns minutos e cansada de soprar e de falar, lá consegui montar a dita coisa e levá-la para a água.
Colete vestido, Mãe dentro de água a fiscalizar, Filho em cima da mota e PARTIDA.
Até tremia de contentamento.
Andáva lá um outro menino que depressa se juntou a ele e foi o seu parceiro de brincadeiras o dia todo, sorte a dele pois se não havia de se chatear de estar sozinho.
Dividiram a Mota e uma prancha. Mais tarde juntaram-se mais três crianças. As gargalhadas foram muitas e a agitação também.
Foi complicado fazê-lo estar sossegado, debaixo do chapéu, durante as horas de maior calor, ainda nos saltou a tampa face à sua insistência e teimosia em querer ir para a àgua brincar. Não queria aceitar as nossas explicações e queria perceber porque o menino podia e ele não.
Lá chegou a hora desejada. Entrou na água e só saiu de lá quase à hora de virmos embora.
Chegámos a casa já perto da meia-noite, cansados, derreados mas felizes e com UM Peixe para o jantar do dia seguinte.